BOAS COISAS SÃO

Nada é tão imperfeito que exclua o perfeito, a leitura da revista Veja nada solene pra não dizer apressada de acordo com o fast food jornalístico que identifica o semanário, trouxe 2 coisas boas: não perfeitas que nem estátuas vivas, nem maliciosas tipo algodão doce que desmancha no dente. Roberto Pompeu de Toledo sempre leitura boa, as vezes única na revista. E a resenha sobre o livro Dicas Úteis para uma Vida Fútil - Um Manual para a Maldita Raça Humana, de Mark Twain.
Nesta semana Roberto apresentou ensaio com o título 'Anedota de brasileiro'. Segundo ele, o referendo passado e concluído - uma consulta popular sobre coisa nenhuma. E explicou, a priore "Deve o comércio de armas ser proibido?" Não, o comércio de armas não pode ser proibido garantido pela própria lei que determinou o referendo. E aí demonstrou por a mais Lei (Estatuto do Desarmamento) e decreto governamental que o que está em jogo é o modo como serão comercializadas as armas. "Se devem ser mantidas as atuais lojas ou se deve ser instituído um novo sistema de vendas."
Já o livro de Mark Twain me fez lembrar a infância, coisa de pai pra filho, junto com Dickens instruiu meu imaginário e tornou apropriado chegar aos nossos dias no chamamento do crítico Carlos Graieb 'Se Mark Twain tivesse um blog...'
E entre outras, Mark meu vizinho, disse: "Se não puder xingar no céu, não vou morar lá."

POST 200

Esse blog foi não sendo, não sendo e chegou aos 200 posts, se der publicar no que to agora.
E nada disso tava escrito pra acontecer, meu destino era outro, longe do texto, do computador, da serra elétrica, cabeças seriam cortadas com machadadas cegas ou então no serrote desdentado no caso de desafetos encardidos.
Não, nada dessa violencia tem sentido a não ser pras torcidas organizadas. Uma razão ou lembrança da origem do blog: falar do ódio/amor solitário ao Botafogo, de torcedores estelares hibernados que não pedem a cabeça do Bebeto.
Outra variante do nada que busca assunto: vida do professor Geraldo, saga da loucura do indivíduo no ambiente fechado da Academia, com janela, janelão ou voltada pra telinha da tv, obcecado com a teoria e adaptando a hérnia à prática. Doutor em atividade física viciado no dogma: No pain, no gain. Ciência e religião na raiz da loucura, loucura na sua fase aguda, os antecedentes familiares falaram mais alto, mãe árabe, pai ourives, a separação dos pais ainda pré adolescente, deu no que tinha que dar.
Outra vertente fugidia do blog, minha profissão de amor/ódio à lei, advogado por circunstância, não pela prova material. Acabou não acontecendo, depois de 15 anos transitando na lide.
Sobrou incoerência, falha de caráter e preferências obscuras.
Assim mesmo, alguma coisa de mim deve ter prestado nesses 200 posts quase, entre santo e beberrão.

Pra celebrar um bicentennial que não se adequa aos 200 posts quase, transcrevo carta do compadre dos meus pais, Caio Souza Leão, colecionador e amante das artes extremado e respeitado, que pendurou obras minhas não posts na parede entre notáveis de todas épocas.

"Recife, 25 de julho de 1977
Meu amigo Nelson ( o pintor )

Recebi os seus 'muros' ou 'paredes', suas cores, suas tintas, seus fantasmas que andam, falam, como as manchas das paredes do quarto de minha infância. (Proust já havia falado das manchas da parede do seu quarto, tão familiares que se tornaram companheiras de sua solidão). Os seus fantasmas e suas cores gritam dentro de um silêncio enorme.
Creio que não se deve formular sua arte, ela deve ser livre e liberta de todas as possíveis limitações.
O abstrato ou surrealista presente, está ligado a técnica da quarela e nanquim que voce usa com uma força extraordinária, fazendo de voce um pintor de inspiração do momento, agressiva, mas agredindo liricamente. Quanto lirismo tem suas 'paredes' (ou 'muros')! sonhos, visões do fantástico. Tudo isto com as cores, com todas as cores bem manejadas. Quantas cores? Tons fortes em contraste com os suaves, tudo muito bem elaborado através das formas. Voce é um pintor que sabe fazer o sonho feito de guache, o vermelho, o azul e tudo mais em suaves e fortes. As cores foram exploradas, elaboradas no seu momento exato.
Não conheço nos últimos tempos, nada melhor entre os pintores (novos) que estão aparecendo por aqui. Vá em frente que da sua experiência de agressão lírica, muita coisa vai ser criada, reinventada e cada vez mais inspirada.
Voce é um pintor e isto é o que basta. As suas 'paredes' (ou 'muros') serão guardados com muita ternura, pois possuem muito de mim e de todo mundo.
Um abraço do amigo e admirador
...................."

"LAS VEGAS, A PLACE FOR GAMES, BROKEN DREAMS & 5 DOLLAR LOBSTERS"

Quotei do filme Dodgerball, no meu tempo de criança chamava 'queimada', a moça do telecine chamou de 'queimado', a meninada se divertia, no filme a velharada jogando não diverte nem como piada. Comédia sem graça estrelada por Vince Vaughn, visivelmente desanimado e Ben Stiller com a energia costumeira, afinal acreditou no projeto foi um dos produtores, mas o roteiro passou longe da inteligencia, criatividade e qualidade de humor.

DVDs que vi e gostei: Bon Voyage, delicioso, movimentado filme dirigido por Jean-Paul Rappeneau - farsa francesa que transcorre nas cercanias de Bordeaux, 1940, na véspera da ocupação alemã em Paris. Isabelle Adjani é ótima viagem a parte.
The Machinist, insonia e falta de apetite alimentam a traumatizada vida do personagem de Christian Bale, que pra fazer o filme perdeu 1/3 do peso corporal, comia estritamente 1 lata de atum e 1 maçã por dia. Recuperou a forma pra realizar Batman Begins (aceitável, mesmo não posso dizer de Constantine de Keanu). Dirigido por Brad Anderson, Scott Kosar escreveu e Jennifer Jason Leigh interpreta uma puta certeira, não confundir com certinha. Outra atriz legal Aitana Sánchez-Gijón diz ao magrinho da historia: "If you were any thinner you wouldn't exist".
Under the Tuscan Sun com Diane Lane é bacaninha, se passa na belíssima Itália e fala de amor.
Barato maior: Maria Full of Grace, ou no original Maria Llena eres de Gracia, coprodução Eua/Colombia, dirigido pelo norte-americano Joshua Marston e estrelado pela muito bonita e magnífica atriz colombiana Catalina Sandino Moreno. O filme rodado na Colombia, com cenas em Nova York/Nova Jersey, retrata a vida de Maria, operária que embarca numa viagem, ser mula do tráfico de cocaína. Excelente realização de Joshua, alcançou o tom certo, o equilíbrio do roteiro e segurança na escolha e liderança dos atores. Filme dramático sem ser melodramático, humano, sensível e poético. Imperdível.

COISA MAIS LINDA

O documentário de Paulo Thiago, diretor de cinema não documentarista privilegiou escolhas e interesses de Lira & Menescal produtores essenciais desse sumário histórico da bossa nova. Sempre haverá discordância sobre a+b ocuparem espaço do filme no lugar de c+d, sem discriminação alfabética hierárquica de importancia, apenas a opção de valorar a memória documentada em atuais interpretações de descedentes diretos, quando podia ser não bem assim.
Aquela coisa, primeiro o arquivo depois o marketing pessoal dos herdeiros da bossa, justos vivos.
Assunto apaixonante tem disso e bossa nova é feminino, é encanto, é referencia, é natureza, é mistério da grandeza simples, da beleza solidária.
O filme tem momentos e conversas e letras e músicas e contos nas imagens, que valem tudo pra dizer imperdível. Assistindo vinha vontade de chorar, bloqueei porque senão ia soluçar lágrimas de esguicho (como diria Nelson Rodrigues) e extravasar muitas lembranças congestionadas no coração e seria um deus dará pra não sei onde.

Vou transcrever a poesia do Caetano com o mesmo título, porque fala de mulher e amor:
"Coisa mais bonita é voce,/ Assim,/ Justinho voce/ Eu juro, eu não sei porque voce/ Voce é mais bonita que a flor,/ Quem dera,/ A primavera da flor/ Tivesse todo esse aroma de beleza que é o amor/ Perfumando a natureza,/ Numa forma de mulher/ Porque tão linda assim não existe a flor/ Nem mesmo a cor não existe/ E o amor/ Nem mesmo o amor existe/ Porque tão linda assim não existe/ A flor/ Nem mesmo a cor não existe/ E o amor,/ Nem mesmo o amor existe"

Complementando

O que não foi dito aqui e merece letras solares é a ligação química de pele entre a Bossa Nova e o Rio de Janeiro. Uma paixão ao primeiro visual maravilhoso do mar, do céu, da praia, dando a imaginar que foi a conjugação entre pessoas iluminadas e o lugar mágico que geraram movimento musical inovador tão cheio de graça, leveza, descontração e bom senso, de humor.
Fundamentais pessoas, fundamental beleza e essencial lugar dão samba. O poeta, a mulher e a Cidade, triângulo amoroso, charmoso, ritimado com bossa, que transcende o tempo e épocas mais contemplativas e líricas.
A linda música não toma conhecimento de história e portos seguros, ela habita a paisagem e sensibilidade - água/sal/areia da mesma alma.

RED SERPENT

Tava de bobeira como bem serve o tele espectador do tele cine action, vendo o filme russo-norteamericano insidioso 'serpente vermelha' se aqui chamasse 'cobra vermelha' na certa atrairia moviegoers intencionados na libido. O título não interessa, nem sei qual foi o lançado nas nossas teles. Apenas registro que a produção da Kremlin Films me fez imaginar a parceria Godard/Seinfeld apropriada pro produto que tava assistindo. Eles diretores da obra no sentido dos irmãos Cohen.
No enredo o empresário exportador Michael Paré, o personagem desse ator bezão, tem a filha sequestrada na Russia pra fins duma quadrilha convece-lo a traficar drogas dissimuladas entre a mercadoria negociada dele um homem de empreitada fodão. Eis que o chefe da quadrilha é o Roy Scheider (sempre encontro grafia diferente pro sobrenome), não o ator, o personagem diabólico bandido de 7 rublos escondidos na manga. Que fique bem claro o Roy é traficante na Russia, mas continua tão americano quanto o famoso Tubarão, o filme. Coisas de quadrilhas internacionais.
Com o andar da carruagem ou qualquer carro utilitário russo, o empresário se associa a um ex-kgb desde criancinha pra libertar a filha. Só não continuou kgb porque o Roy sacaneou a familha dele matando mulher e filha mandando o seguinte recado: kgb honesto é kgb morto (pelo menos ele escapou o agente, sem mulher nem filha convenhamos a tragédia braba que ele não esquece assistindo video caseiro dos momentos ainda eram bem felizes).
No cast do filme vários nomes predominados de consoantes, como manda o figurino do leste europeu. Entre as personagens não faltaram Popov e Gurov pra dar verossemelhança a quem esteja se passando por russo falando ingles com sotaque forçado.
Na falta de sentido e os clichês que não dizem nada pra trama e a criança sequestrada que não estava nem aí, e consegue calma e iniciativa pra tentar se libertar das cordas do cativeiro. Das implicações políticas ideológicas incoerentes do american way of life de quem entra no mercado globalizado, num projeto econômico neoliberal que não respeita a família de ninguém. A hipótese ficcional de Seinfeld e Godard unidos na sétima arte até que seria um Sétimo Selo (não entendi patavinas) plausível.

ESSES MÉDICOS SABEM COMEMORAR

Fui num jantar na semana que se homenageia o médico. A Santa Casa de Misericórdia de Maceió todo ano celebra ilustres da profissão por tempo de relevante serviço prestado à instituição ou passagem marcante naquele hospital, registrada na história do bem sucedido currículo profissional. Seis figuras de setenta pra cima receberam troféus. Um mais pra cima do que os outros, já falecido as filhas agradeceram a homenagem.
Na deixa do jantar, sou um prato cheio pra emoções, daí a desculpa esfarrapada pra explicar o suor na camisa, chorei nas axilas, fato constrangedor. Devido a baixa temperatura do ambiente refrigerado, no primeiro momento poderia se constituir desafio à medicina festeira.

Bebi uísque, em detrimento do vinho, refrigerante e água. Assim parcialmente biritado, molhado na camisa resfriada, parti pro jantar. Comi salada com trechos de manga, tomates, salad dressing pequena colherada por cima dos tomates, mais alguma coisa que não lembro, e os pratos quentes, couve-flor, palmito, dum jeito legal gostoso e naco de filé minhon. Depois provei os doces: pudim, torta de quiwi, morango e algo mais.
Entre assim assim, antes e pós jantar fui na Ivanelza trocar beijinhos e carinhos. Ela esposa dum diretor médico do barraco que patrocinava o evento. Chamei a Ivanelza de maravilhosa, ela retrucou de meu lindinho. Trocamos papos rápidos.
Na saída cochichei no ouvido da irmã da médica preferida:
- Tava namorando a mulher do Davi... (nada disso nem pensar, apenas jeito de falar, brincadeira de quem se conhece).

Atualizando
É isso aí Rose, na noite seguinte dentro da identidade múltipla confirmada estive na jubilação de 6 dúzia de médicos: "Tornava o filho pródigo à paterna
Casa, e não via em nada a antiga e terna
Jubilação da instante cotovia."
(Manuel Bandeira, Estrela da Vida Inteira)
Essa festa foi sob o auspício da Sociedade Alagoana de Medicina cuja atual diretoria estava se despedindo. O destaque da noite: música ao vivo de qualidade com dupla instrumental afinada.
Não houve jantar, apenas tradicionais salgados fritos e um pratinho humilde com pequena porção de arroz acompanhado de colherada de estrogonofe de frango (tava bom, Raquel).

ELISA

Ela faz hoje 42 anos de vida. A melhor professora de ginástica localizada do Mundo durante tempos professou talento e criatividade como ninguém. Melhor dizendo alguém Iluminado pelo dom, a graça de comunicar o corpo.
Quase não possuo a obsessão de Robert Crumb, evitarei comentários sobre o corpo da Elisa, as formas saradas com um jeito redondo ritimado de caminhar. Sua linguagem corporal do fitness ao jazz aos exercícios demonstrados com entusiasmo e leveza, numa viagem particular, em que fui turista ou devoto acidental, conflito profano.
Há tempos estamos separados. Não adianta a Janaína, a atleta perguntar "E aí Nelson, não rolou nada entre voces?" ou quando a secretária dela me encontrou depois da separação "Vamos Nelson, deixe de bobagem, volte pra aula..Voce gostava tanto.."
I did not have sex with that woman, nor desire..

Parabéns, galega loira linda!

Dating up: Pra comemorar o aniversário fui almoçar com outrem, num restaurante próximo chamado Bod's. Comi filé de bode, carneiro, carne da mesma raça acompanhado de macaxeira frita, e uma terrina com mistureba, arroz, queiro de coalha, feijão tropeiro, charque tudo do mesmo tamanho, cortadinho e gostoso. Comi pra caramba, não bebi nada no local, a cerveja era a pedida mais consumida por outros comensais.
Havia uma mesa comandada pelo dono dum estabelecimento chamado Companhia das Frutas, tipo portugues, o lugar mais pra armazém de secos e molhados. Almoço de domingo pra reunir a família, fiquei de olho numa morena gatinha bem bonita e alta apenas pra distrair a vista.
Recado pra Fal: comida deliça. Recado pra Magaly: fica na Jatiúca, voce come muito bem e gasta pouco. O almoço do casal saiu por 25 reais, sem bebida nem sobremesa. Tá bom não está? Ah sim, ainda a gente comeu um pão de alho no ponto.

MONA, A IDÉIA DEPOIS DO QUADRO PENSA,

"Nunca mais vou sair daqui. Aqui ando nos quartos e na sala. Descubro minhas lembranças em pequenas caixas guardadas. Ainda tenho minha coleção de bonecas e todas as fotos dos meus astros favoritos. Bom mesmo é acordar de manhã, o quarto todo desarrumado e corpo doendo. Lá embaixo tem uma deliciosa refeição de frutas frescas e maduras, grape-fruit, abacaxi, manga. Volto pro meu quarto e meus vestidos... Tudo está limpo, novo, decorado como da primeira vez, meu primeiro casamento. Os lençóis bem passados, uma vela acesa, a cama bem morna...
As vezes sinto saudades da mamãe...Minha cama é grande e me espalho toda..."
Se houvesse celular, quebra de sigilo, ainda poderíamos ouvir a voz de Mona num trecho de diálogo,
" - Lhe contei que fui no casamento de Chico Pedra e Soninha Brilho? Não havia quarto de hóspedes lá em Nova York, estava ocupado com as roupas dela, assim mesmo ele convidou todo mundo. Um diretor de arte amigo do Chico decorou o apartamento com flores. Em 3 igrejas estavam sendo rezadas missas pra eles, eles não haviam decidido em qual casar. Eles quando chegaram no apartamento tiveram a maior surpresa, todas aquelas flores. Eles verificaram a comida, Chico tomou uma vodka, o resto do pessoal todo mundo tava tomando champanhe...
Amanhã a gente vai a um desfile. Atualmente estou prestando atenção mais nas modelos do que nas roupas. Principalmente as negras. Agora é a temporada das negras."

ATUALIZANDO O POST AUSENTE

Luciene, a festeira, carnes apertadas, pra ser justo justas. Nas grifes esportivas olhos claros flertes, de tanto ser agarrada pelo olhar retrucou com aceno. E disse que me dava incentivo com sorriso largo.
São roteiros que sugerem os cabelos escorridos e os closes no bebedouro. A confissão:
"Fui estrela na bike indoor, pedalando no maior giro e fiquei madura com coxas grossas. Sem cansaço desnecessário, saio as 5 muitas vezes da manhã das festas que promovo. Tenho sede. Sou amiga da Aline, não relativa parente como os americanos confundem.
Na próxima semana vou estar vendo de perto no pedal o megahair da Aline que ela orgulha satisfeita."

up up Date/ Luciene ta sumida, deve ser agenda cheia de festas pra falta de tempo pra ficha beleza da musculação.
Rafa voltou depois de dois anos. Rafaela do meu lado, das belezas mais puras, insofismáveis e absolutas que podem gratificar no planeta Terra a existencia humana.
Quem sou eu?, Rafaela do meu lado, Puro eufemismo.

PALADARES QUE VÊM PRO BEM

Certos filmes têm o bom gosto de entreter e deixar um gostinho a mais.
Exemplo: "Mostly Martha" ou "Bella Martha", caso específico da trama na cozinha entre chefs que valorizam a boa mesa: a requintada, disciplinada, rigorosa francesa e a passional italiana. Isso num filme alemão. Isso no propósito da roteirista/diretora Sandra Nettelbek e seus 2 personagens centrais: a chef chic workaholic dum restaurante em Hamburgo, perfeicionista em assados, cozidos e temperaturas ideais do forno e fogão. E o chef peninsular, ensolarado, musicando temperos de ervas e aromas nas massas, aves e peixes. Casamento feliz: a atriz Martina Gedeck no papel de Martha, maravilhosa, e o ator Sergio Castellito, magnífico no chef italiano maestro de sensibilidade.
Só agora provei do filme e gostei do paladar.

LARISSA COMPLETOU 1 ANO DE VIDA

Ela ta linda, alegre, saudável e esperta. Pra que jogar conversa fora? Não conta nada, apenas exclama interjeições sonoras de reprovação ou ok e faz um charme personalíssimo balançando a cabeça, como a dizer negativo, não é comigo, não me ofereça, não me chateie com comidinhas óbvias e paparicações sem criatividade.
Quando começar a falar, vai dar o que dizer no discurso de posse de seu domínio, onde mais longe alcança o carisma, ela soberana rainha de gostos e atrativos bem definidos.
No seu aniversário não se assustou com o palhaço nem vaiou a palhaçada, sentiu calor no traje a rigor da festa que vestia, e pediu no íntimo que a barulheira não chegasse a tanto.

THERE IS NOT SUCH THING

As bad porn? As love story?
Amor em tempos de pólio prova que na guerra, quem está no front e quer sair dele, provocando auto-lesão grave pode ser descoberto-fácil e executado morto nas trincheiras, principalmente quando escolhe a mão pra fugir do pior e reencontrar a amada manca do pólio, massageada pra melhorar movimentos e gostosa bunda de gata bem feita que a gente entende por se tratar de filme porque as nádegas merecem estímulo pra dizer pra que (?) esperar o amor condenado se voltar mutilado. Aí voce diz ainda bem que foi a mão e alguns dedos decapitados, se o vivo não estiver enterrado.
Não houve porn na película, houve love duma jovem apaixonada buscando de volta não o inteiro ideal ao menos notícias vivas do menino da guerra.
A propósito de Eterno Amor, A Very Long Engagement, filme dirigido por Jean-Pierre Jeunet.

Atualizando em 3.10., tenho que desfazer má impressão. O filme é muito legal.
Apesar das atrocidades da guerra o filme trata duma bela historia de amor, ambientada na obra de Sebastian Japrisot que trata da I Guerra.
E a estrela de Amelie, Audrey Tautou, dá um show de bola e mais uma vez na parceria com Jean-Pierre Jeunet em Un Long dimanche de fiançailles, aka Eterno Amor, aka a very long engagement.

PROGRAMA LEGAL

O bar existe: mistura bebida, caixão de defunto e conversa animada. A 30 kms de Maceió, em Pilar fica o Bar do Caixão, Balalá o proprietário abre o estabelecimento as 6 horas, os primeiros clientes postos pra consumirem goladas de cachaça, cerveja gelada, siri e galinha caipira à moda da casa. E no caso de bater a necessidade lá estão os caixões de defunto que podem ser adquiridos a preços que variam entre 300 e 800 reais. Muitos turistas, inclusive estrangeiros são atraídos ao exótico bar-funerária. O ambiente não é fúnebre, é pura descontração, bate-papo animado dos frequentadores assíduos na sua maioria pescadores e aposentados. Balalá só não permite música, "Lá fora tudo bem, mas aqui dentro do bar não. Não gosto de zoada".
O lucro do bar vem do caixão. São vendidos 4 a 5 deles por mes.
(dica da Gazeta de Alagoas)