Monday, August 29, 2005

PAYCHECK

Se uma coisa entendo, maneira de dizer, é da obra literária de Philip K. Dick, esse conto que inspirou John Woo a realizar o filme Paycheck, não lembro dele. Li praticamente cem por cento do que o cara escreveu e vendo o filme não me veio pista alguma. Quem sabe isso foi positivo?
Não vincular o filme ao que autor escreveu.
O filme é uma bomba. Ben Affleck é um ator tacanho e um mocinho medíocre. Ainda bem teve a Uma Thurman, porém com aparição limitada não ajudou muito.
Vi no sábado no telecine premium.

Antes fui encontrar amigos participantes dum enduro no domingo. Amigos loucos por bikes. Não é minha praia, minha bike não sai do lugar, quando pedalo não driblo.
O esporte é um barato, dou força aos amigos. A menina dos olhos bonitos estava lá. Com uma blusa parecia bordada por ela, era a cara do boné amarelo - ela negou.
Outras gatas apareceram, entusiasmadas competidoras.

Antes, vi boa parte da última maratona Seinfeld. Programaço.

Antes, na parte da manhã fiz aulão de rpm, hora e meia na bike pedalando como Lance Armstrong, ao menos fazendo de conta. Sábado de gala.

Thursday, August 25, 2005

ROCCO E SEU IRMÃO

A realidade do restaurante pode ser oportunidade pros atores da escola de Fama, o original, não os subprodutos que vieram encher o tubo. To falando daquele pessoal sonhador do Chorus Line que dançava, cantava e carregava peso na bandeja.
Do chef Rocco esperava mais tempo na cozinha, é o gosto de ver comida fresca ser preparada sem restrições de condimentos, calorias e misturas exóticas.
Valeram os esforços da produção, as câmeras, a edição e clientes satisfeitos metendo os beiços pelas mãos. Pena foi o espaço maior dado às tramas palacianas.
Rocco é carismático, jeitão de prima dona, diva comedora insaciável.

Já o cabelereiro, faz mais o tipo do Warren Beatty em Shampoo, adaptado aos dias de hoje, sua principal preocupação é saciar o prazer pessoal, independente de sexo ou do sexo.
O que me chamou a atenção: a técnica de cortar cabelo bom masculino. Além dos movimentos dos braços e das mãos, são de suma importância os movimentos dos pés, não dois pra cá e dois pra lá, e sim dois pra cá e dois pra cá, dançando num sentido pra fazer um lado, repetindo os movimentos pra fazer o corte do outro lado. E tudo só funciona se a ponta da tesoura estiver apontando pro ponto perfeito.

Wednesday, August 24, 2005

WHAT SHOULD YOU DO?

O que fazer diante duma situação cabeluda, por sinal um dos segmentos do programa foi exatamente perguntar ao telespectador qual a saída se o cabelo pegar fogo junto à bomba de gasolina do posto. Não não foi bem assim, a mulher cliente chega pra abastecer próprio manuseio como soi-disant nos states que a gente ve nos filmes e seriados - em outros países também? Vá lá, ou seria válão?, whatever..Daí voltando ao fogo, a mulher exemplo verídico antes de sair de casa colocou laquê nos cabelos, daí um lance de estática e contato com metal saiu faísca e a cabeleira inflamável ficou ardendo. A mulher arrancando os cabelos no sentido figurado, no esperneio apagou o fogo dos cabelos. Mas a preocupação do programa foi o fogo na bomba que podia botar tudo pelos ares.
O programa provoca em quem fica na frente da tv um profundo sentimento de utilidade pública cumprido.

Outro segmento. Se a senhora sai do supermercado, entra no carro e tem alguém no banco de trás pronto a fazer "o que deus nos acuda" com uma faca cutucando o pescoço da senhora - como sair dessa? E voce pergunta: Quem está no banco de trás? Não vem ao caso, provavelmente um afro-americano drogado.
Voltando à situação desesperadora, uma especialista aposentada do fbi dá a dica: Abra a porta do carro e corra.

O programa é apresentado por Leeza Gibbons.

Sunday, August 21, 2005

SESSÃO DE ARTE

Na última sexta a noite fui ao cinema sem matar os poucos que restam da família. No único shopping de Maceió, existem outros 2 que não passam de galerias querendo disfarçar carências por alojarem cinemas.
No Shopping Iguatemi, o tal que reina no pedaço, agora instituiu pedágio de estadia, depois de 30 minutos voce paga 2 reais pra estacionar o carro no pátio externo descoberto e vulnerável às intempéries da sorte, da chuva ao assaltante. Ainda ninguém me contou nenhum caso, deve ser sorte.
Chegamos cedo, fui acompanhado melhor deixar a pessoa no conforto do anonimato. Posso revelar, era mulher madura, sentamos nas poltronas da lateral direita, junto da parede, como se fôssemos xumbregar, nada disso apenas bons amigos buscando refúgio do frio da sala.
Na primeira tentativa pra entrar no ambiente fortemente refrigerado onde seria exibida a película, fomos informados que o rapaz dos folhetos não havia chegado, explicando, quem ia receber os ingressos também distribuía folhetos. Esperamos e rodamos pelas redondezas das lojas adjacentes. Voltamos e entramos sem folhetos. Indisciplinados folhetos haviam perdido a hora explicação deslavada do rapaz.
No primeiro momento éramos 3 pra assistir o filme, eu, a mulher de trinta e mais tantos e o ar condicionado. Depois chegaram outros interessados, bem menos da metade da casa cheia.

O filme. Família pai e 2 filhos, mãe morreu e deixou recordações e quadro onde os 4 foram retratados. Recordações pro esposo que sempre olha pro quadro. O pai taxidermista cria porcos no quintal da casa. Quem cuida dos porcos é o filho adolescente, o filho menor raquítico doente apenas brinca, come tinta, lama e qualquer porcaria e vomita o tempo todo. Surge um tio assassino que mata o irmão por cobiça de moedas raras, as crianças fogem, o tio persegue pra matá-las. Elas escapam e vivem felizes ao lado de avós. O tio morre antes brigando com o sobrinho num rio raso.
Filme nada artístico.
Depende, um crítico da Agencia Estado disse o seguinte: ..."no caso deste filmaço indie de David Gordon Green os peões dessa tragédia meio que fazem por merecer a desgraça, nestes tempos anti-Bush: são os caipiras da chamada América Profunda."...
..."nome do filme é Contracorrente, é a reação ao determinismo. O termo original, 'undertow', quer dizer recuo das ondas, mas também significa uma idéia adormecida no fundo da mente..."

Saturday, August 20, 2005

PERDIDOS & ACHADOS

A entrevista estava aparentemente perdida, depois de 25 anos foi publicada como encarte da Caros Amigos no. 100. Mestre Tom Jobim falou ao jornalista Sérgio Pinto de Almeida.
Quem leu dever ter adorado. Do contrário deixou de lado oportunidade especial, fazer viagem poética belíssima na falastrice do mais ilustre Brasileiro de Almeida.
Nas palavras do Antonio Carlos a Terra Brasilis ressurge com pujança na flora pra abrigar animais arbóreos e na fauna com bichos de hábitos natatórios.

Vivo pro mar, como diria o botafoguense Fernando Veríssimo, com absoluta parcialidade.
Não é por causa disso que vou deixar de lado outras belezas, o mato, a mata, o Alto da Serra.
E Mestre Tom lembrou dos ciclos e fluxos entre os participantes: mar, lagoa, florestas, união de tudo. Todos bebendo do mesmo alimento, as espécies e os seres nascem e se criam. Isso quando o homem fica na dele, beneficiário e cúmplice do meio ambiente.

Muitos, muitos achados se seguem. O Senhor Jobim também falou claro sobre música e contou a vida.

Monday, August 15, 2005

SINOPSE DA CONTRA CAPA DO DVD

Quando na ânsia de vender interesse pelo filme eles escrevem "Na verdade elas são aliens vindos de outro planeta que, na Terra, tentam procriar para salvar sua espécie"..., Voce fica desconfiado.
O apelo psicológico 'elas aliens vindos' ou seriam vindas, tinha que descobrir. Ainda mais de outro planeta fora da Terra que na Terra tentam se dar bem.

O filme chama-se Decoys, nele as seres alienígenas possuem furo no meio do peito (nada que comprometa os seios) onde disparam fiação muito louca na hora que tão trepando e congelam o cara...Elas as seres são chegadas num frio, gelo, neve...São atacadas pelo mocinho histérico com lança chamas. .Que acaba se fudendo no final atacado pela mocinha aparentemente quente, que na verdade se revela gelada e traiçoeira na cama.

SEM PAI NEM MÃE MEU FILHO

Ausência de família no momento pode ter levado a celebrar entre familiares dos outros numa churrascaria cheia o dia dos pais. Entrei na fila com cara de órfão, simpatia é quase amor não resolveu fui ignorado. Nauseado com o cheiro da carne, comi salada com maionese, banana a milanesa e farofa de ovo e fiquei segregado da euforia social.

No meu canto pensava no passado, família completa e propaganda à mesa, muito bem destacaram Meg e Marta. Tempo em que a mulher dominadora mandava fumar, a esposa se deliciava com as panelas novas no meio da sala e a doméstica era objeto sexual.
Diferente de hoje onde a agência de propaganda lava dinheiro, enxuga dinheiro e manda dinheiro pra fora de casa pra viver a própria vida.

GEORGE HERRIMAN

"The Dingbat Family, retitled The Family Upstairs went on until 1916, but there was something going on downstairs too Herriman occasionally filled the bottons of Dingbat panels with miniature comic animals engaged in their own farcical adventures, in which a mouse would invariably reward the skewered logic of his feline partner with a brick. By 1913, this substrip became independent, and was called Krazy Kat.
Many people - including Randolph Hearst, President Woodrow Wilson, Gertrud Stein, Pablo Picasso etc..Sensed something special in Krazy Kat.
The Kat spoke in a singular patois of poeticisms, slang, Yiddish, Spanish...Herrimans' love for the Arizona landscapes and pueblo folk-art (Krazy Kat and his friends were citizens of a surreal version of the North Arizona real life Coconino County)."

Vou transcrever o texto original duma comic page do autor. Transgressão em termos, vou omitir o brilhante desenho do comic. George Herriman brinca na escrita com a língua falada, talento semelhante ao da nossa amada Fal.
As tres principais personagens aparecem nessa ocasião: o xerife Pupp, o gato Krazy e o ratinho Ignatz. Como sempre eles filosofam...

"Officer Pupp engaged in smalltalk with Krazy Kat, of this of that, and why. Why is red mesa, and white mesa white, and why is black mesa black. And is it true the mountains of 'Kaibito' lie down to let the sand dunes crawl over them, and are the elephant's feet pink because they wade in red lake
- When, Alluvasudde
'- Not to change the conversation, Krazy, but I want to call your attention to 'tree' over there. I'd never noticed it until now.
'- A marvillis finhominy
'- S funny about that tree. Still why should I worry just because I never saw it before.
'- Sure wot's a tree, more and less.
'- LOOK!!! It's moved...
'- And for rissin A-tall too..
'- There's something queer about that tree Krazy
'- Wot for a instinct, Officer Pupp?
'- NOW, it's on the 'Bridge'!!!
'- Fency that now
'- Wait here I'm going over to investigate
'- Quite so
'- A, A - HAA - JUST AS I SUSPXIONED. The 'VILLAIN' - And laid out cold with his own
brick too!!!
It was nothing so wonderful after all, Krazy. Just an ordinary circumstance!!! - YEH
'- I'm so gled, I was afraid 'Ignatz' was missing something by not being around here"

Friday, August 12, 2005

O ENCANTADOR DE TARTARUGAS

Ao sair do prédio pela rampa da garagem e desprezar degraus da saída principal ia apenas atravessar a avenida. Antes enfrentar o perigo de frente, correntes de tráfego opostas, pra chegar ao outro lado.
Sem projeto definido, o propósito surgiu na surpresa que me aguardava, sentados num banco de praia minha amiga e seu filho de seis anos.
A vivacidade dos olhos, a curiosidade bem comportada educada, o carinho de dividir a alegria do momento que vivia, o jovem conquistava novas amizades.

Andei um pedaço com eles na areia. O menino pinotava, corria e falava pra si mesmo.
Parou quando viu desenho na areia, "Olha, uma tartaruga!"
Parecia gravura rupestre, acrescentei "Tá bonita, uma tartaruga bem feita. Das grandes!
Ele retirou-se blasé, "É...mais ou menos. Faço melhor. Uma de verdade".

Tuesday, August 09, 2005

FUI INSTADO PELA LEITORA A ESCREVER

Morei criança pós mamadeira (assunto polêmico gerou especulação noutro forum: a idade latente que larguei o leite da garrafa com bico e passei pro milk straight on the glass, no ice) em São Paulo capital, no pleno uso e independencia das calças curtas, meu território era o centro da cidade. A partir do qg rua Maria Paula.
Meu apartamento no décimo sexto andar me fazia enxergar longe.
Apertos e diversões fizeram parte dessa história centrista. Nós a família fregueses de pastelaria, esfihas principalmente, frangos assados e vitaminas de maçã.
Não pagavam ao meu pai todos os contos que seu talento fazia juz. Assim mesmo não faltaram visitas, reuniões e festinhas naquelas alturas.

Da janela via a 9 de julho. O Viaduto do Chá. Ah sim, frente ao prédio havia luminoso do açucar União. Numa praça logo ali embaixo um teatro mambembe sobrevivia com vedetes rebolativas no show de variedades. Invejava quem podia assistir o teatro de revista.

Dessa época uma vizinha gaúcha perdeu o marido num acidente de carro. Além do peso de sustentar a famíia, outro grande peso lhe atormentava: os peitões.
Nisso veio a irmã pra ajudar no que pudesse.
Foi minha primeira paixão. Não tinha idéia o que era fetiche, se Felini existia. Ficava vidrado no desenho, nas formas, no volume, nos vestidos nas sandálias nos cabelos. E ela enorme me fazia carinho no elevador, o rosto descendo na minha direção, sumia do mundo encabulado, ao mesmo tempo senhor dos meus domínios sem consciência disso.

O prédio era governado por síndica francesa de pulso firme, mantinha a casa nos eixos.
Infinita variedade de tipos habitavam as dezenas e dezenas de apartamentos do condomínio de difícil administração.
No auge de ingênua valentia confrontei morador mafioso, não falasse assim comigo obediência só ao meu pai, escapei de sumir afundado no rio Tietê, pés acomodados no bloco de cimento como manda o figurino.

Friday, August 05, 2005

Na hora do VAMO V

Tô sozinho, tentando giro faltando equilibrio buscando postura. Olho pros lados, pra frente não adianta, olhar pra trás é queda na certa assim valesse a pena, amiga bonita sábia experiente segura marrenta chegasse junta.

VOCE ME SEDUZIU E ME DEIXOU DESEQUILIBRADO

Bem que eu não queria entrar nessa. Voce toda equipada, preparada pro que desse e viesse.
E eu acabei largando cego pela malha pelo contorno agarrado na promessa do corpo e tanto à minha frente.

DEVO O QUE SOU À FAMÍLIA PRADO

No que queria me equilibrar na bicicleta pra largar e fugir, me veio a mente a estranheza dum triatlo capenga. Estava seco, longe da sunga e do nado e montado na bicicleta. Como explicar o futuro que não sabia a cobrança?

CANTINHO DA MÁRCIA

Na verdade deveria ser chamado cantinho da Cristina. Beija como ninguém, lábios carnudos voluntariosos.
A Márcia é empregadora, morena vistosa atraente saída da literatura do Jorge.
A Cristina é operária sereia e cheia de curvas carismáticas, tentação pros pescadores.