Os 2 filmes são da mesma época, e pronto qualquer semelhança. As atrizes que lideram vão dos olhos grandes expressivos que revelam autoria por tras da máscara do zorro até a dentuça loira que se deu bem guardada a devida relevancia no cinema mainstream da peruca negra. To falando de Audrey Tautou, a muito querida Amélie Poulain e Tracy Elizabeth Lords (pra diferenciar do apogeu pornô da precoce carreira, Tracy Lords venceu o estigma e esticou o nome).
O filme da Tatou é todo fabuloso, uma gloria ao cinema de autor, com ótimas referencias cinematograficas de Truffaut, Louis Malle, beliscando Jacques Beineix. Amélie é diva dos corações sozinhos que se querem cúmplices. Ela constrói o destino de parceiros escolhidos, pra serem personagens da sua missão na vida.
O filme da Tracy é Epicenter no nome e duma salada de intenções e equívocos. A partir da proposta B da produção PM Group Entertainment com resultado trash, da escolha marcial do galã lutador Gary Daniels sem espaço no filme pra exibir a arte de baixar porrada, passando ao despreparado vilão Jeff Fahey e a vilanice russa de sua parceira Daniela Jane, até o terremoto que deixa LA na contramão dos escombros e destruição em massa dos edifícios mais fácil chegar no shopping e na praça de alimentação dum andar caído. Quem tava passando jovem de comportamento na hora da chuva de debris, nada como skate na cabeça pra proteger.
Saí da experiência revelado, recortado e desfazendo em água, a medida que o contato físico crescia suave, leve, nos detalhes naturais.