Thursday, October 26, 2006

BEIJOS E TIROS

Estreiando na direção o roteirista Shane Black criou um filme provocador, esperto e bacana pra gostos a parte, ele usou Kiss Kiss, Bang Bang alguma coisa a pensar na cabeça vazia do filme de ação, o que sem dúvida foi proveitoso.
O título foi usado de forma negativa pela famosa crítica Pauline Kael pra dar nome a sua segunda coleção de ensaios cinematograficos. Ela pensava que as palavras indicavam o básico apelo dos filmes: no que nos atraem causam desesperança quando chegamos a conclusão que filmes raramente são mais do que isso, kiss kiss bang bang - os lucrativos por que não proveitosos action thrillers.
Robert Downey Jr, ladrão de estatura menor, correndo ferido da polícia vai parar num lugar onde estão acontecendo testes pra selecionar atores, o personagem sem querer passa a viver o desespero que o papel exige, cai nas graças do produtor pela intensidade dramatica e acaba transportado pra Hollywood, lá um teste pras telas necessitaria dum aprendizado especifico antes, os ensinamentos que elevam o ator a reproduzir os cacoetes do detetive particular no filme em tela, nada mais apropriado nessas circunstancias utilizar os serviços do tutor Gay Perry (Val Kilmer interpretando o detetive gay Perry van Shrike). Daí em diante os cadaveres começam a empilhar e os detalhes do enredo também, mas nenhuma logica pode ser encontrada no filme.
É isso mesmo, voce não ganha nada mais com o filme, apenas a troca da desesperança pelo riso, sorriso, o que é proveitoso.

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