DECIFRO-ME OU DEVORO UM SANDUICHE

E olhe que esperei antes que o tedio tomasse conta da vida dela, que desossasse o osso do frango e seguisse a pista, a geladeira vazia agora contava com 2 ingredientes pra fazer o sanduiche suculento cair pelas beiradas: ketchup e maionese. Pra gastar mais guardanapo que mastigada, afinal um sanduiche é pra ser devorado.
Não havia mais segredos, ilações, conjecturas, um sanduiche as vezes dificil de morder pelo conteudo enriquecido por fatias de tomate e ovo estrelado, me entregava o queijo parmezão ralado que a autora do gesto metia entre as fatias do pão frances ou de forma, pra nada mais querer saber.
Com o bom viver na aceitação do misterio resolvido, não vai além disso o sanduiche devorado as pressas, as vezes mordendo as gengivas e a propria lingua.

Atualizando

"Subi, de conjectura em conjectura, / Às esplendências do que fui e fiz"
(José Oiticica, Fonte Perene, p. 36)