Tuesday, January 03, 2006

JUNK FOOD

A cidade está festiva. Os turistas tomam conta das praias, da calçada da orla, da ciclovia. Um outro tipo de paisagem - o colorido humano. E essa alegria de verão contagia os nativos alagoanos. Todos ficam mais sorridentes, menos uma amiga minha que reclama de depressão e diz que chora toda noite e se sente, nas palavras dela "um cocô boiando". Mas essa não é a hora de falar da tristeza da vida dela, nem da infra-estrutura da cidade que deixa muito a desejar, a precária rede de saneamento básico, a falta de canalização e tratamento de esgotos, daí a natureza bem aqui sofre de perto com a poluição e o mar eventualmente pode sofrer a visita de objetos estranhos indesejáveis que boiam por falta de ocupação, direcionamento pra alcançar resultados e futuro com destino planejado.
Turistas estrangeiros e brasileiros de outros estados estão sempre circulando à pé ou motorizados.
Estava numa loja de conveniência num posto de gasolina, quando uma familia me tomou a frente, várias crianças, o pai e um dos garotos já demonstrando obesidade preocupante. O milagre do cartão de crédito, eles mandaram ver nas compras, com excessão dum par de sandalias havaianas, fizeram a feira do junk food, todos os tipos de batatas e salgados, chicletes, balas, drops, mais um litro de água mineral e garrafa de suco. Enquanto assinava a fatura do cartão, o pai se enamorou dum kit Lucky Strike, a grife de cigarros, composto dum boné com a logomarca, um maço do produto e algo mais não sei. Com a febre junk consumista ele queria o boné que lhe fazia a cabeça e perguntou pro vendedor se havia alternativa de compra - "E pra quem não fuma?"

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