Tuesday, December 26, 2006

ENTRE ANGELS E ANJOS

Quem nasce pra viver Angel no nome tem que ser criativo suficiente pra assumir o codinome Anjo na clandestinidade. Ou então Stuart Little, exercer premonição e direitos autorais do filme com esse nome pra entreter toda a familia numa vida paralela que ia acabar no show business de qualquer maneira. Zuzu Angel, estilista de moda vigorosa fez carreira de destaque internacional em curto espaço de tempo graças ao talento criador sem deixar dispensar amor às crias preferenciais. E assim aconteceu com o bom filho cheio de nobres ideais, pena que no conformismo imposto pela ditadura politica dos anos 70 do Brasil tricampeão de futebol mundial em que a Segurança Nacional se sentia ameaçada por jovens politicamente romantizados que cometiam crimes comuns na busca dum compromisso social mais justo por parte da classe governante pra dignificar os brasileiros. Por conta disso, os militares deitaram e rolaram na linha dura, sufocando a maioria, perseguindo muitos, torturando e eliminando outros tais de forma escancaradamente ilegal. A motivação historica, emocional por tras do filme do Sergio Rezende seria essa, mas o resultado cinematografico não obteve densidade dramatica em nenhum aspecto.
E os 2 Anjos restantes, fábula iraniana bem conduzida com sentimento amador, dizem muito mais, sons de instrumentos musicais que insistem existir pra afinar no coro dos descontentes da ordem unida dos costumes intransigentes, preconceituosos e repressores da religião dominadora.
Palavras invasoras que saem dando mãos umas às outras quando a natureza moleque faz de conta que dorme. O que interessa fica com a gente se os sonhos não apropriarem: todos os anjos são pardos.

1 Comments:

Blogger Barros de Alencar said...

Eu sou lá do interior e a minha leitura é "curta" amigo, este teu artigo é muito sério e profundo, concordo com tudo o que descreveste.
Abs.

“Marvada”
Barros de Alencar

Eita vida “marvada”,
“Covarda” e ingrata,
Onde quase nada tem tudo,
E tudo quase nada.

Quem é tudo?
Quem é quase nada?

Quase nada,
São aqueles poucos,
Que além de ter tudo,
Faz com que tudo,
Acredite no dever sagrado deles a tudo.

Tudo,
São aquele todos,
Que além de não terem nada,
São convencidos, da maldição capital do pecado original.

Os quase nada,
Abrem mão da salvação,
Pra terem a aprovação,
Da sociedade.

Sociedade que anseia,
Pelo dono,
Do seu destino,
Talvez achando-se menino,
Para ser guiado,
Acreditando e olhando de lado,
Pros valores arrepiados,
Deste que guia os seus próprios interesses.

Tudo,
Foi catequizado,
Pra nesta vida castigado,
Tá pagando,
A ouro pesado,
Sua passagem para o outro lado.

Ouro de tolo,
Pois não há ouro,
Só o tolo,
Que gosta de ser enganado.

“pois quem parte e reparte,
não fica com a melhor parte,
ou é bobo ou não sabe de arte”.
(citado por Silvio Santos)

Monday, 01 January, 2007  

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