GERALDO, ALEXANDRE & OUTROS
Rumores iam e vinham sobre o paradeiro de Geraldo e Alexandre, coisas questionáveis se fôssemos levar em conta a embriaguez das pessoas envolvidas: com cervejas, doces ou sol nas cabeças.
Geraldo passeava com seus cães de guarda sempre na praia, as vezes faziam pausa pra nadar. O ritual de sempre: primeiro os saltitos marotos ultrapassando a marola, em seguida o mergulho sincronizado dos tres, finalmente as braçadas e patadas felizes.
A felicidade continuava em casa, sua esposa arquiteta não parava de fazer obras. Um lar em constante transformação. Esta loura atraente, bem feita, era muito ativa, a noite dançava num conjunto de pagode.
Ela era natural de Brasília, moça simples da zona rural, sofrera guinada psicológica ao mudar-se pro Rio, onde adquirira hábitos sofisticados, mais tarde refinados em Maceió. Em torno dela, Lota como gostava de ser chamada, criou uma vida instigante.
Alexandre não andava bem, mancando ligeiramente. Não era pra menos, afinal duas cirurgias nos joelhos foram feitas por um médico que não gostava de surfista amador da mulher dele.
Mas continuava frequentando a academia do Geraldo. Lá colocava a conversa em dia, principalmente quando predominava seu tema predileto, o show da Hebe.
Durante esses anos em Alagoas, um amigo de Geraldo e Alexandre sempre esteve presente, o atlético Sílvio. O primeiro e único parceiro de vôlei do professor, antes das hérnias virarem pesadelo e o dominó tomar conta. Rapaz de estatura alta, de educação polida, tanto brilhava na arte de receber, como consertar as bolas ruins de Geraldo.
Sílvio em consideração ao companheiro, abandanou o esporte e se concentrou numa atividade com fins lucrativos: ongs e crianças ajudadas pela tv globo. Cheias de esperança e grana as criancinhas precisavam de alguém que lhes ensinasse o caminho das pedras, quer dizer ongs pra investir o dinheiro.
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