Tuesday, August 17, 2004

CONTO DA CRIPTA. ALEXANDRE, O CABEÇA - III

Pegando o diálogo andando. Nas palavras do Alexandre não sei com quem:
"- Fugi cedo pra casa. Ela me atingiu em todos os pontos fracos. Estou bebendo a horas e não consigo tirar as unhas daquela sirigaita cravadas no meu coração. E como tava gostoso olhar praquela sandália verde...
- Coma alguma coisa gordurosa.
- Podes crê...Não!, não. Agora estou vendo o culote saliente na calça branca apertada...
- A calcinha entrando no rabo?
- E o botão da calça não fechava. Tentei puxar o ziper e ela disse só deitando. Meus dedos ficaram vermelhos, com cãibra ao puxar o ziper; enquanto ela me enlouquecia derramando cerveja nas minhas calças. Pra me sacanear.
- E o que mais?
- Ela esfregou um acarajé emcima.
- Não, eu queria dizer...
- Meu deus, tenho que trocar a calça; não aguento mais esse cheiro. Ela me domina a distância.
O papo foi interrompido com a chegada do garçom e iscas de frango frito. Depois disso a conversa tomou outro rumo ou não.
- Preciso fazer transplante.
- De quê?
- Não sei.
- É por causa da menina?....Voce precisa de uma velha na sua vida.
- Estou com doença de velho, acho que a pressão....
- Pressão alta? Muito sal, tira-gosto?
- Não, a pressão do sexo. Pra quê esperar? Quero estuprar já.
- Seguido de morte?
- Se eu vir aquela desgraçada hoje, mato primeiro e corto a cabeça. Ela me atormenta a noite, nos sonhos, nos pesadelos. Sempre me sufocando com a língua.
- Tenho que ir, tchau.
- Não, pera aí. Sabe o que ela me disse ontem, aqui mesmo?...
- Que te ama?
- Falou que uma amiga usa manga pra se masturbar.
-Manga rosa?"

0 Comments:

Post a Comment

<< Home