Thursday, July 29, 2004

FERNANDO E GABRIELA

Tentei buscar no juízo relevantes lembranças, são muitas em que Fernando e Gabriela protagonizaram momentos personalíssimos. E o juízo numa brincadeira de associação de idéias em que voce tem de dizer a primeira imagem que vem a mente mediante apresentação de palavra conceituante, me traiu, colocou bobagem na frente.
Lembro do Fernando cochilando comendo mastigando mastigando em mastigadas cada vez mais lentas os olhos semi-cerrando até o sono com apetite tomar conta na sua hora de almoço - isso no início de sua criancice engatinhante. Eis que outra imagem se superpõe, o Nando na praia roliço de sunga no meu braço recusando pisar na areia porque naquele momento a aristocracia dum pequeno Buda de medidas perfeitas não lhe permitia tão íntima interatividade com a partícula matéria. Fiquei dias descadeirado. Fui buscar reparo com um mestre japones de acupuntura e massagens na base de solavancos e safanões de fino trato.

A Gabriela nem tanto assim produto da mesma mística, revelou-se no olhar. A cena que salta aos olhos foi a expressão da pequena infante diante de sorvete e nada ao redor merecesse importância de atrativo quilate. Esta memória diz respeito a um final de tarde numa ida ao supermercado com a Gabi, na saída o encontro com amigos que lhe ofereceram o sorvete saboreado naquele instante. E ela nada respondeu, com irresístivel doçura apenas focou no sorvete a vontade em experimentar o mimo.

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