Sunday, December 03, 2006

DIVA É ADELIA

Um ego inchado de auto-estima nem por isso a pessoa pode se dizer diva ou ser eleita a esse status por quem enxerga distorcido. A não ser que o rotulo tenha o endereço do esteriotipo, a criatura cheia de exigencias e sentimento superior de quem divide o mesmo palco e não se acha da mesma especie, o que pode ser razoavel entre extraterrestres.
E divas não faltam no mundo da cultura erudita, popular, segundo criterios do culto a excentricidades e extravagancias.
Mas Adelia é do outro mundo porque faz a diferença ao flutuar emoções e alcançar almas desejosas da beleza das ideias, das palavras e percepção dos homens, anseios e sonhos.
Rose gostou, mais trechos da entrevista:
Pasolini também falava que os santos e loucos - incluindo poetas nessa categoria - eram dignos de confiança, por serem os únicos com coragem para dizer não ao mundo.
É verdade. Essas pessoas têm uma atração grande. São verdadeiras. Quando voce conhece um santo na vida real, fica admirado com essa coragem cotidiana. Eu quero isso pra mim.
Voce já conheceu algum?
Já. Tem uma pessoa que conheço que eu quero estar sempre perto, pegando aquela radiação gostosa. É uma pessoa admirável, que vive a experiencia da fé e essa busca de forma radical.
Para voce, qual é a função de um santo?
O santo revela o amor de Deus. Ele confirma que somos criaturas feitas por alguém que nos ama. É aquele que fala: "Descansa, minha filha. Por que voce está tão estressada?". São pessoas que vivem a fé de maneira radical, ou seja, têm confiança. O que causa o estresse é exatamente o susto: "Ai, e agora, Nossa Senhora, o que eu vou fazer?". Se voce for realmente integrado, foge da esquizofrenia. Minha fé ainda é uma fé pequena. E essa integração com o divino, com o transcendente, muitas pessoas têm isso de maneira não doutrinária.

Tenho inveja de quem esteve na plateia da quarta festa literaria internacional de Parati no dia 13 de agosto de 2006 e chorou quando ouviu da propria poeta Adelia Prado a leitura de seu poema As Mortes Sucessivas, em homenagem ao pai morto. "Por uma dessas razões que a razão não explica, o choro catártico traduzia, enfim, o choque de uma manifestação teofânica.."

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