Thursday, November 23, 2006

TAVA FALANDO DE ADELIA

Assim como Adelia precisa ser reproduzida por mim, ela que não saiba o por quê da frase ou sentido e atenção, apenas no que sou tentado fazer, pensar ou repensar o que foi dito impresso na entrevista e no texto do reporter entrevistador:
- Já que falamos de globalização, a crise energetica levou grandes potencias a invadir paises, usando como argumento a bandeira da democracia. Não lhe parece falso?
Adelia diz:
- Falso demais. Está faltando exatamente uma coisa que provenha do fundo, dos afetos. Não dá para concordar com terroristas, mas é admirável que ainda existam. Eles representam uma fronteira, uma barreira que diz: "Não passa daqui não, que eu sou um homem-bomba". Está equivocado? Está, mas é admirável, ele é humano. O outro não é. É um mentiroso.
- Sabe que Tariq Ali falou exatamente isso aqui na Flip (acontecimento literario internacional na aprazivel Parati) e foi vaiado?
Adelia diz:
- Ah, ele falou? Dou o maior apoio. Eu descobri a razão cíclica, interna, a verdade da guerra. É um ato político real. O terrorista tem essa atitude real, verdadeira, não esse faz-de-conta dos grandes que se reunem para decidir o destino do mundo. O terrorista é o limite. Talvez seja necessario mesmo esse padecimento universal para que o homem recupere alguns valores. Tem hora que não tem jeito não. Não é aquilo, por exemplo, que eu escutei de um intelectual lá em Cuba, uma coisa que me deixou sufocada de espanto: "Não tem revolução que se sustente sem paredão". Isso é outra coisa. Paredão é voce acabar com o inimigo para ser o próprio. Não é disso que se trata, mas de outra coisa. É de ações originadas da convicção.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Legal essa entrevista...muito legal...puxa...que legal.

beijos

Saturday, 25 November, 2006  

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