Saturday, July 02, 2005

LONGE DO CENTRO DA RAZÃO

.........., destaco seus olhos, olhares. O sinal ali pela pálpebra no canto do olho direito, pertinho abaixo da sobrancelha. Ponto hipnótico sedutor.
Seus olhos parecem me focar, buscando nitidez num ajuste ideal.
Abertos, são o que são, claros, visionários no alcance e eloquência.

Possibilidades do nucleo caudado & a área tegmentar ventral.

A revista veja ainda bem se presta pra essas coisas:
"Em vários momentos da história, o amor foi considerado uma ameaça à sobrevivencia da especie humana. Do fim do renascimento ao século XVIII, era tido como doença - uma infecção contraída pelos olhos, que se instalava no coração, escravizava o cérebro e poderia levar até a morte. "O amor, tendo abusado dos olhos como verdadeiros espiões e porteiros da alma, deixa-se deslizar docemente por um par de canais e caminha insensivelmente pelas veias até o fígado, imprime subitamente um desejo ardente da coisa que é realmente ou parece amável, acende a concupiscência e por este desejo começa a sedição...Vai diretamente ganhar a cidadela do coração, o qual, estando uma vez assegurado como o mais forte lugar, ataca depois tão vivamente a razão e todas as potências nobres do cérebro que ela se sujeita e se torna totalmente escrava.""..

Esse testemunho médico de era primeva é documento certo do meu estado de época.
A matéria científica da revista afirma que por razões fisiológicas a espécie humana não estaria preservada, caso o indivíduo fosse bombado a viver constantemente apaixonado.
O que discordo de primeira. Desprezo a razão. Diante dos olhos a responsabilidade pela loucura de amor.

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