CENAS DE CASAMENTO & GLORINHA KALIL
Vez por outra, certas coisas esbarram nas outras, sai faísca. Nada demais, não quero criar apressadas conclusões, falsas expectativas entre assuntos correlatos.
Cerimônia na igreja é torcer, que o padre não exagere na dose das abobrinhas. Assim mesmo é chato pra quem não é do ramo ou chegado nuns clichês religiosos.
O formato de show é interessante. O conceito tem tudo pra crescer e virar talk-show. Dispenso a presença dum cover de Kenny G, nada agradável ontem.
Daí passei a torcer pra recepção com buffet de primeira, redentora do pecado de aturar o padre rezar o terço padrão, dos lugares comuns que entusiasmam a esmagadora maioria dos presentes.
O que a Glorinha tem a ver? Alguns conselhos? Tipo, recomendar que o noivo impaciente não seja indelicado ao ponto de cortar o barato do padre:
- Cut that crap! Lets do the rings and PARTY!
Ou pedir, que o padre distraído pelo tédio não cometa a gafe mortal de perguntar:
- Voces entenderam ela dizer sim?
O discurso da Glorinha é outro, voltado pro comportamento social, o bom gosto. Da elegancia de ser extravagante com sobriedade até a simples compostura. Sem perder de vista os códigos, etiqueta pra se vestir e enfrentar diferentes situações do dia a dia, trabalho, eventos, festas.
Provocada ela reage, a etiqueta não é privilégio de classes, castas, bolsos. Etiqueta é sobretudo ética, dignidade, civilidade. Do Oiapoque ao Chuí todo mundo pode e deve ser elegante, do humilde ao poderoso.
Por que meter o bedelho no terreiro da Glorinha?
Durante a noite casamenteira, minha elegancia seria impecável não fossem os uísques, não fiquei embriagado, longe disso, apenas cometi alguns deslizes. Como olhar alegre praqueles peitões, da cunhada da noiva, que me respondiam contentes em saltar do decote.
Ou, reencontrar minha amiga de academia, bonita, esbelta. E o corte do cabelo? Dizendo que tava lindo, fiz um afago na cabeça da menina.
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