Saturday, October 30, 2004

PERDIDO NO ESPAÇO

Men in Black apresentou a premissa que aliens estão entre nós há mais tempo que nós nos acostumamos. Figuras anônimas de convívio rápido, deixando rastro de estranheza.
No popular os aliens ocupariam a princípio a área de serviços. O entregador de remédio, o caixa do banco, o atendente de posto de gasolina ou simplesmente o staff do prédio onde voce mora.
A mesma premissa não excluiu a possibilidade de notáveis hollywoodianos e globais pertencerem à classe dos desclassificados espaciais.
Arquivo X começou dizendo pra não confiar. Daí pra diante o que contou foi o interesse deles de outros sistemas solares em abduzirem a gente. O que convenhamos dava pra entender como algo positivo. Eles lá não sei aonde tiveram aulas ou cursinhos pra se tornarem alguma coisa e precisavam futucar na prática.
Outrossim, existe outra versão: as avançadas vantagens tecnológicas de vizinhos interplanetários na área do lazer. Eis que jovens sem futuro de fim de semana resolveram abduzir uns de nós outros por absoluta falta de entretenimento no horário. A abdução nas maçantes tardes de sábado sempre foi colocada nos Grêmios Recreativos da juventude alienada como a mais atraente atividade depois que assistir filme proibido tava perdendo empolgação. E diários infanto-juvenis em papel timbrado apontam pra esse entendimento.

Obedecendo algum raciocínio sem rumo minha primeira experiência sexual teve coincidência com o mistério que vem do espaço.
No Leme, num apartamento térreo de edifício, fui levado ao encontro escuro, persuadido pelo amiguinho da menor idade em comum. Não vi direito quem me levou pro quarto, sei que não tinha vontade de ficar excitado e sem enxergar num quartinho sem vergonha, tudo não passou da desconhecida que deu em nada depois de vinte minutos e cobrou por isso. E até hoje culpo o tédio pelo prejuízo.

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