PROFESSOR GERALDO, A IDADE AVANÇA

Como biógrafo desautorizado posso garantir, o mestre fez 54 anos ou vai fazer nos primeiros dias de setembro. A dúvida que aflige o professor durante anos nunca deixou de ser: o que pesa mais a idade ou a barriga do educador que busca longevidade na eterna juventude? (assim como quem não quer nada, da dúvida pró réu nasce mais uma tese de mestrado).
A historia que não sai do armário e não resta menor dúvida, sempre apontou transformações que trariam reflexos na convivencia entre os homens: a cada furo no cinto do senhor Geraldo correspondia uma acomodação à expansão do bucho, barriga, abdomen, a nomenclatura variando conforme o prazo de validade da bebida alcóolica caseira consumida (ele nunca foi chegado a bebidas nobres envelhecidas do uísque à cachaça. Controlado nos gastos, bebia coisa forte na simples validade dum iogurte).
Hoje todos os cintos são pardos, aposentados. As camisas, camisetas, túnicas cobrem-lhe a cintura com folga, ocultando o ziper estressado das calças que luta pra se manter fechado diante da pressão do volume de tira-gostos acumulados na vida de magistério.
Pra celebrar a nova idade da velhice ele resolveu gastar a contra-gosto, investir num makeover a muito custo - o canto do cisne que lhe interessa, a transformação cirúrgica no Rio de Janeiro...