O DIA COMUM DO SERIAL KILLER

Antes ninguém sabe como foi a noite. Ele deita e espera não sonhar com sangue, aquele fim de festa, a cena do crime, punhaladas, tesouradas, giletadas e muitos tiros que sobram nas paredes se a coisa foi uma orgia. Não, ele não dorme um sono íntegro graças ao estilo de vida, é o tal sono leve, acorda a 3x4, sonha muito com parentes e transeuntes na mesma parada, envolvidos em desafios banais.
Acordar é tentar recapitular o sonho pra que chegue algum indicio da historia a ser contada.
Superada a falta de vontade de levantar da cama e ir ao banheiro e respirar livre das baratas por enquanto, é dizer pra ninguém: Lá vem mais um dia de atrocidades.