TRIATLETA NÃO É BEM ASSIM
O espaço era demarcado como sala de aula, carteiras, fileiras com a diferença fundamental pra alguns, não se tratava de sala, faltavam paredes e teto, na frente no lugar do quadro-negro uma barra de ferro pras bicletas estacionarem.
Sentado numa carteira ia participar da prova, pedalar não sei o quê, pensava em simular acidente na largada pra ser desclassificado, subiria na bicleta, um giro e de venta no cimento, muito drástico, hipótese conveniente tombaria de lado até o chão antes do giro, aos brados "joelho, o joelho...fudeu!", meus colegas de turma iriam querer distancia do boca suja.
Antes da queda, antes da hora h, havia o prato de comida em cima da carteira, tinha que dar conta duma super fatia de bolo e porção generosa de arroz. Bolo aguado, nada doce (será que foi a Carla que fez? Ela falou que não ia colocar açucar).
Quando comia o bolo, voz feminina comentou "o arroz tá tão leve, nem parece arroz".
Nisso o Fabrizio gritou "Nelson, coloca o tenis, largada daqui a pouco!"
Percebi que estava de sandália de dedo, o tenis era conga, sem cadarços. Melhor ganhava tempo, pensando se realmente aquilo era triatlo, coloquei o cadarço desleixado, deixando de fora varios furinhos, outra pessoa me ajudava, refiz meu trabalho, cabeça abaixada, as vezes arriscava um olho e via uma garota pronta pra largar, todos os requisitos de segurança em ordem, verdadeira atleta.
3 Comments:
Você é um atleta? :-)
Fazendo uma visita.
Continue a história, seu atleta das literaturas.
Essa história não tem continuação?
Post a Comment
<< Home