Saturday, February 05, 2005

DE VEZ EM QUANDO ME DESPEÇO DE MIM

Não sei por que deixei o gordo dono da locadora escolher algum dvd pra completar pacote de carnaval, será porque não sabia o que tava fazendo pra começar a conversa? Comecei escolhendo mal, eu peguei pela capa cego, não devia estar ali, como a repetir impulso do passado, obssessivo, alugando qualquer porcaria.

Ou deixo a escolha pro William Faulkner, between grief and nothing.

Um filme boa escolha que tirei da prateleira foi Lost and Delirious, catálogo, mas ausente do meu currículo até então.
Drama adolescente, meninas internas em colégio que discute em aula Lady Macbeth, mais fina delicatessen impossível.
A personagem narradora do imbroglio, confessa numa conversa franca entre mais duas roommates, a dificuldade de ver o rosto da mãe morta de cancer, há pouco tempo, na memória recorrente.
Que nem eu quando recusava olhar o rosto da minha mãe enferma terminal. Minha máxima culpa. Na contramão da lembrança presente viva.
Uma das fugas daquela era recente, alugar videos freneticamente, obssessivamente, pra me manter ausente.

2 Comments:

Blogger Fabi Carneiro said...

Querido amigos...
Eu tentedo o que diz, mas lembre que passado... se não servei pra ensinar e nos fazer melhor... deve ficar no seu lugar.
E dá próxima vez que não tiver opções na locadora... procure os amigos. Acredite, eles podem ser bem mais que companhias de corrida ou whisky.

Beijos, beijos, beijos e um abraço daqueles.
Fique bem!

Sunday, 06 February, 2005  
Blogger nelson porto said...

Obrigado, Fabí, valeu. Te amo.

Beijões.

Monday, 07 February, 2005  

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