HÁ LUGAR DEPENDE DO PREÇO

Me divido entre mundos imaginários, reais porque dizem, bairros na aparencia, da cidade porque teimam chama-la.
A parte baixa valorizada pela exploração imobiliaria ta o que me interessa o mar que dá pé pros sonhos.
A parte alta nos primordios habitat dos que estavam por cima, ainda hoje faz sítio pruma minoria com muito teto que prefere ver mar de longe.
Eu estrangeiro pra qualquer mundo que se apresente não consigo imaginar a opção preferencial pela vida alta.
Copa do mundo, lugar chamado Foca situado na parte baixa a orla, chopperia elegante cobra 70 reais pra ver seleção brasileira jogar no telão.
Copa do mundo, lugar chamado Salude perto do ponto de vista duma das partes que me cabe, divido sem muro politico-ideologico apenas imaginario, pra assistir jogo da copa na tv comum nada como promoção, sopa + torrada + café= 2 reais.
Na parte alta onde casa da vizinhança habitam freiras que fazem juz ao colegio catolico das cercanias, na certa fazem festa e celebram gols sem hábitos e calçolas pra que te quero.
Na parte baixa, domingo self-service no restaurante Sueca Comedoria, bem em frente ao mercadinho das pechinchas pra turista ver, refeição caseira saladas frias com legumes, verdes e frutas doces que misturei com pratos quentes de camarão e bacalhau na base do pastelão anárquico e sobremesa pouca de 3 mundos: torta de chocolate, pudim de leite ao lado guloseima que levava morango.